Na mitologia nórdica, poucas figuras inspiram tanto temor e inevitabilidade quanto Fenrir, o lobo colossal destinado a devorar o mundo. No cenário jurídico e político brasileiro contemporâneo, a figura do Ministro Alexandre de Moraes ocupa um espaço de magnitude similar: uma força que, para uns, precisa ser contida e, para outros, é a única barreira contra o caos.
Mas até onde essa comparação faz sentido? Vamos analisar as semelhanças simbólicas entre o magistrado e a fera de Asgard.
1. A Corrente que Tenta Prender (Gleipnir vs. Constituição)
Fenrir era tão poderoso que os deuses precisaram forjar Gleipnir, uma corrente mágica feita de sons e elementos impossíveis, para mantê-lo sob controle.
No Brasil, o debate gira em torno das "correntes" do devido processo legal.
- A Analogia: Críticos de Moraes argumentam que ele rompeu as amarras do rito processual comum em nome de uma "defesa da democracia". Já seus defensores veem suas decisões como a própria corrente que impede que o "lobo do autoritarismo" corra solto.
2. O Sacrifício da Mão (Tyr vs. Instituições)
Para enganar Fenrir e conseguir acorrentá-lo, o deus Tyr teve que colocar sua mão na boca do lobo, sabendo que a perderia. Foi o sacrifício necessário para a ordem prevalecer.
- O Paralelo: Muitos analistas sugerem que, para conter ameaças institucionais, o STF (personificado em Moraes) "mordeu" partes do rito democrático tradicional. O preço pago — o desgaste da imagem de imparcialidade e a polarização extrema — é a "mão de Tyr" deixada para trás em nome de um objetivo maior.
3. O Prenúncio do Ragnarök
Fenrir é o agente do Ragnarök, o fim do ciclo dos deuses. Quando ele se liberta, a ordem antiga cai para que algo novo surja.
- A Realidade Brasileira: Alexandre de Moraes tornou-se o epicentro de uma mudança de paradigma no Judiciário brasileiro. Ele encerrou a era da passividade da Suprema Corte. Seja através do Inquérito das Fake News ou da suspensão de redes sociais, suas ações sinalizam que o "velho mundo" da internet sem lei e do fórum político sem consequências chegou ao seu fim.
Conclusão: Protetor ou Devorador?
A percepção de Fenrir depende de quem conta a história. Para os deuses, ele era o monstro; para os gigantes, uma força de libertação contra a opressão de Odin.
Da mesma forma, Alexandre de Moraes é visto por muitos como o guardião da democracia (o lobo que vigia a entrada) e por outros como o algoz das liberdades individuais (o lobo que devora o direito). No fim, como no mito nórdico, sua figura é indissociável do destino da "Asgard" brasileira: a nossa República.
O que você acha? Moraes é a corrente que segura o caos ou o lobo que está mudando as regras do jogo? Deixe seu comentário abaixo!
Comentários
Postar um comentário