Um Estupro, Duas Crianças e um Ileso

 Duas crianças destruídas, um estuprador nas mãos da justiça brasileira (não muito eficaz para punir, diga-se de passagem), militantes e religiosos fazendo piquetes por suas crenças e ideologias, a mídia fomentando o que lhe é conviniente. Esse é o cenário que ainda vai dar muito panos para as mangas! 


Não é um assunto fácil, até porquê nos deparamos com um divisor ético: Proteger quem? A criança abusada? A criança não parida? O direito a vida? Ou o direito da "família da menina-mãe"? Ou quem será digno da manifestação dos Direitos Humanos? As Crianças? A criança abusada? A criança morta? Ou o estuprador?


O médico apenas agiu na mais medieval das profissões, fez o papel frio da figura de um carrasco; os pais agiram no calor da revolta, talvez se agarraram na pseudo sensação de justiça, como se praticando outra injustiça houvesse anulação da barbaridade construída.


Como somos frágeis e entregues a própria sorte! A criança alisciada agora segue naquilo que sobrou de sua vida destruída, ao mesmo tempo que outro inocente, sem o direito de defesa, com a sentença correndo em segredo de justiça, foi literalmente torturado, tendo sua infância arrancada à imagem de sua mãe, a menina que por mãos cruéis foi conduzida para um buraco sem retorno, e que não imaginaria que teria um fruto com o mesmo destino insensível como o seu.


Por outro lado, temos o algoz, aquele que vai ser posto sobre o manto dos Direitos Humanos, e diagnosticado por desenvolver aquilo que nominaram como pedofilia, e agora tutelado pelo Estado, precisa ter sua integridade física garantida, logo, proteção, pago com o erário público.


Volto então para aquilo que afirmei no início deste texto: "duas crianças destruídas" da mesma forma, por adultos, sem piedade, sem serem científicadas do mal imposto as suas frágeis existências. Não será protestos cristãos que trarão cura para essa ferida mortal feitas nesses pequeninos, muito menos a militância feministas poderá trazer no mínimo a sensação de justiça, mas uma coisa que está sendo trazida é mais uma vez a impunidade.


Prisão não traz a inocência tirada, nem a vida abortada. Aquilo que nossa Penalidade Legal se nega a impor sobre um demônio desse, será trazida de forma integral por outros condenados.


Tenho duas posições, a Humana e a Cristã. 


A Humana, assustadora e animal, pede sim pelo ABORTO, pela Castração sem piedade ao monstro, e esquartejamento de sua carcaça imunda, a fim de  proporcionar algo da dor que ele causou e trazer a sensação de justiça cumprida nos espectadores dessa barbárie... Que ele seja o aborto! Que tenha a condenação imposta ao anjo morto nesse palco!


A Cristã, bíblica e submetida a soberania de seu Autor, pede a proteção gestacional, e todos os esforços médicos, técnicos e humanitários para garantir a saúde das duas crianças... porquê? Porque ambas detém o direito da VIDA... E que toda punidade seja imposta ao autor dessa carnificina. 


Como somos seres holístico, uma unidade em completude e complexa existência passageira, dou-me o direito à dúvida sobre qual delas me inclino, se na SUBMISSÃO ou na ESTRAPOLAÇÃO... Porém, tenho a certeza que este episódio nos mostra que não há justiça, não há remédio para o mal, nem haverá consolo em nossos esforços.


Desenvolvemos o sentimento de sermos meros escrementos da natureza, e que para nossa espécie não há esperança na própria espécie. Em Deus porém, há resposta para isso, quer seja agora ou no porvir.

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